Meus olhos não precisam estarem fechados ou distantes, até de frente pra você se enchem de saudade. 
Nossos avanços são limitados, nossa proximidade não nos aproxima, não diminue nossa dor, nosso afastamento, nossa indiferença. Veja bem, ainda dividimos certas coisas.
Mas minhas mãos sentem-se feridas ao serem tocadas em um cumprimento frio pelas tuas, como lembranças daqueles dias em que ainda era fácil viver, em que ainda era fácil te ver.
Estamos longe demais. E eu não queria que tivesse sido assim. Não vou dizer que não tive opções, 
não fui covarde, só precisei tomar decisões por nós.
Nos defendi do precipício de nós mesmos. E deixei esse sonho de lado como muitos outros.
É uma pena, mas seria cruel nos manter naquele mesmo velho texto batido.
Contudo, mantenho aquele primeiro erro de ter te criado pra mim, e em algum lugar nos refugio, nos protejo e nos projeto ainda. Afinal, meus olhos insistem em te ver como naquela primeira vez, ainda brilham como antes ao te mirar. 
Apesar de sempre haver um dia seguinte e um cheiro de guardado nas lembranças.
Débora Aquino
 

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